“A minha sexualidade é uma coisa bastante aberta”

O ator Marco Delgado deu uma grande entrevista à revista Tabu, do semanário Sol, na qual falou sobre a sua vida privada. Aqui ficam excertos dessa entrevista bastante interessante…

” O Luís Miguel Cintra teve uma grande paixão por mim, digamos assim. Na altura, ele estava com o companheiro dele e foi um problema muito sério, ao ponto de me vir embora no segundo espectáculo. Já não aguentava mais, eles pediram para eu ficar, mas não quis.”

“A minha sexualidade, até muito tarde, é uma coisa bastante aberta. Ainda o é hoje. Não tenho como certo que a minha relação de hoje será eterna. Não considero a homossexualidade uma opção, acho que nasce com as pessoas. As pessoas demoram mais ou menos tempo a descobrir isso. Mas não a considero, como os amores, para a vida.”

” Outra das pessoas mais importantes para mim foi a Ana Brandão. Nunca a traí, resolvemos o nosso amor e a partir daí tive outras relações. Continuamos amigos, estivemos juntos seis anos. Mas isto não é uma coisa estanque, de hoje para amanhã as coisas podem mudar completamente. Aquilo que tenho com um homem não tenho com uma mulher. Fisiologicamente é diferente, fisionomicamente são diferentes e, às vezes, parece que tenho necessidade das outras coisas, daquilo que não tenho. Sou muito puto nestas coisas.”

“Eu não disse: ‘Pai, eu sou gay’ ou ‘Pai, este é o meu namorado’. Tinha uma relação já há algum tempo e, naturalmente, os meus pais foram estando com essa pessoa e perceberam. Não houve necessidade disso, aceitaram naturalmente. E fiquei muito feliz por não me causarem essa pressão de ter de dar uma justificação.”

“Tive algum receio do que as pessoas poderiam comentar. Mas tive sempre algum cuidado nesse aspecto, não só a esse nível, há outros aspectos da minha vida que não comento. A sexualidade é uma coisa que fascina as pessoas, mas há outras questões… Tenho uma relação há 12 anos. Os cuidados e as preocupações que tinha no princípio da relação não são os mesmos que tenho hoje. Estou confortável, sinto-me completamente à vontade. Não tenho que assumir publicamente nada.”

 

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