King tem um percurso forte em Portugal, mais de 100 jogos na I Divisão. No Benfica, porém, nem um para amostra. «Xi, pá, é verdade. Correu mal. Eu e o Hassan estávamos a fazer um grande ano no Sp. Farense e eu fui contatado antes do fim do campeonato. Achei a conversa um pouco estranha, até duvidei, mas depois vi que era verdade. Assinei mesmo pelo Benfica».
«Na Bélgica, claro (risos). O mister Mário Wilson pôs-me numa posição diferente para mim, defesa central sobre a direita. Eu era esquerdino e jogava a central sobre a esquerda ou lateral esquerdo. Acho que correspondi, mas saí ao intervalo e não voltei a jogar. Ganhámos 1-3 ao Lierse».
Contas feitas, 45 minutos de utilização no Benfica. King, corpulento, dono de um pontapé-canhão, agressivo e pouco dado a pormenores estéticos, fintinhas e invenções sem sentido. «Eu conto. Na pré-época tive problemas musculares, perdi o lugar na equipa, mas voltei e fiz o jogo na Bélgica. Pouco depois tive um acidente de viação grave na marginal de Carcavelos. Fraturei o fémur direito e as minhas perspetivas no Benfica morreram aí».
«Estava a conduzir em direção a Cascais, era inverno e apanhei um lençol de água. O carro descontrolou-se e despistei-me. Estava uma ambulância parada na berma – eu acho que já era para mim (risos) –, eu desviei-me e acabei por bater de frente contra um poste».