Tortura para obter confissões de mulheres

Um relatório da Amnistia Internacional, revelou que o exército, a marinha e a polícia do México recorrem à tortura sexual de mulheres detidas para obterem confissões, com o objetivo de aumentarem as condenações, fingindo que estão a diminuir o crime organizado no país. No documento intitulado “Sobreviver à morte: Tortura de mulheres por polícia e militares no México”, a Amnistia investigou e entrevistou 100 mulheres, que testemunharam a tortura sexual e os maus-tratos por parte das forças de segurança. Destas 100, 72 revelaram que foram submetidas a abusos sexuais quando foram detidas ou nas horas seguintes. 33 das mulheres disseram que foram mesmo violadas.

Nova página de Facebook d’O Homem Invisível. Clique aqui

 Várias das mulheres denunciaram os abusos, mas só foram abertos 22 inquéritos e a AI não sabe o rumo destas queixas apresentadas.”As mulheres de meios marginais são as mais vulneráveis à chamada ‘guerra às drogas’ no México: habitualmente, são vistas como alvos fáceis pelas autoridades, que estão muitas vezes mais interessadas em mostrar que estão a pôr gente atrás das grades do que em assegurar-se de que estão a prender os verdadeiros criminosos”, afirmou a diretora da Amnistia Internacional para o continente americano, Erika Guevara-Rosas.

Comentar

Comentários