Há quem se aproveite dos preços exorbitantes das rendas para conseguir trocar alojamento por serviços sexuais. E há também muita gente a cair na prostituição para conseguir pagar habitação, mais do que no período da troika.
“Ofereço quarto a mulher necessitada. Casa com boas condições e localizada perto do Colombo [Lisboa] (…) A oferta é muito simples, disponibilizo o quarto com a serventia da casa, claro, e em troca quero encontros íntimos regulares”. Esta “oferta” consta de um anúncio online em Portugal e que segue uma tendência que começou com a crise nos EUA.
Segundo o Diário de Notícias, há anúncios em que a intenção é expressa claramente e outros em que aparece dissimulada, o que muitas vezes “esconde exploração sexual que se serve da pobreza”. Os juristas contactados pelo DN explicam que a atividade não é ilegal e a PSP avança que, até à data, “não possui qualquer denúncia” relativa a esta situação em Portugal.
Este é um fenómeno que começou nos EUA e que se alastrou, sendo já uma realidade em Portugal. Fonte da Polícia Judiciária adianta que não existe “enquadramento legal para esta questão”.