Quem me conhece, mesmo que não me consiga ver, sabe que não tenho um bom sentido de orientação e que sou capaz de partir de Lisboa e passar por Coimbra… numa viagem com destino a Albufeira!
E o leitor pergunta: que tal usares um GPS? Não consigo. Prefiro mil vezes perder-me do que receber ordens de uma mulher. Posto isto, é óbvio que há certas profissões que nunca poderia ter. Assim de repente, lembro-me de ginecologista (as curvas do corpo de uma mulher deixam-me sempre perdido) e taxista, mas neste caso, não é só por ter mau sentido de orientação. Há outras razões…
Fogareiro que se preze não gasta dinheiro em bate-chapas para arranjar as amolgadelas acumuladas. Fogareiro que se preze vai para qualquer rotunda andar às voltas, até que algum condutor lhe faça o favor de dar um toquezinho na traseira. É o suficiente para o taxista fazer um escândalo e dizer que esse toquezinho até lhe deu cabo de um farolim na parte da frente do veículo. Isto para mim não dava, porque enjoo com muita facilidade e à segunda volta à rotunda do Marquês de Pombal já me tinha vomitado todo e o que poupava na oficina, gastava na limpeza do interior do carro.
Outra razão para não ser taxista está relacionada com a educação que os meus pais me deram. É que quando a vontade aperta, eles param o carro em qualquer lado, abrem a porta e esvaziam a bexiga mesmo ali e, como é óbvio, não lavam as mãos, algo que eu faço sempre, além de fazer xixi sentado, para não salpicar tudo.
Além disto, muitos táxis são veículos com mais de 20 anos (e com uma rodagem quase ao nível da Paris Hilton) e isso para mim seria estranho, ou seja, andar montado num Mercedes mais velho do que algumas das mulheres com quem já me envolvi.
Para terminar, só leio a Dica da Semana e os taxistas que observei, folheavam atentamente o Correio da Manhã, enquanto se encontravam parados nas praças de táxi. E aproveito a oportunidade para denunciar o mal que faz este jornal à vista dos taxistas: é que as letras dos classificados de convívio são mesmo pequenas…
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