A melhor dieta? Desgosto amoroso

Tive uma namorada durante um ano e tal e ao longo da relação ela esteve sempre uns quilinhos acima do desejável, expressando por vezes o seu descontentamento. Claro que eu desvalorizava sempre a questão, dizendo que ela estava bem. (Um homem sabe que nada de bom lhe irá acontecer, se concordar com a namorada quando ela manda para o ar “estou gorda”). E ela até se esforçava por perder peso, indo com regularidade ao ginásio e tendo cuidado com a alimentação mas, mesmo assim, a balança marcava sempre o mesmo. Um dia, o amor acabou e a relação também. Passado uns tempos, cruzei-me com ela e saltou rapidamente à vista que estava bem mais magra. Soube depois que tinha sido do desgosto amoroso, disse-me um amigo em comum. E, desde então, muitas outras histórias de mulheres que emagreceram, quando acabaram uma relação, têm-me chegado aos ouvidos. Nos homens, esse fenómeno não acontece. A maioria afoga-se em álcool e noitadas e volta ao ginásio para ficar em forma. E um dia, ela, que ficou mais magra por causa do desgosto, e ele, que está em forma por causa do desgosto, encontram-se e vivem felizes para sempre… ou então, apenas até um deles acabar com o outro.


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