A Ressaca – Parte III. Mas que grande desilusão…

Sou um consumidor de cinema fácil de satisfazer. Porquê? Bem, porque crio expectativas diferentes consoante o filme que vou ver, ou seja, não espero o mesmo de Transformers, do que de Argo, ou de Lincoln em relação a Velocidade Furiosa 6. Posto isto, é difícil ficar desiludido quando saio de uma sala de cinema, mas foi o que aconteceu com A Ressaca – Parte III. Claro que a culpa foi minha, porque as expectativas que criei em relação ao capítulo final desta trilogia foram influenciadas pelos dois filmes anteriores. Se bem que já seria de prever que Todd Phillips não conseguisse manter o nível e isso já se tinha notado em A Ressaca II. Se a primeira aventura de Phil, Stu, Alan e Doug em Las Vegas foi genial, a segunda, passada em Banguecoque, foi apenas uma cópia. Já não houve o elemento de surpresa, sendo no entanto um bom filme. Estes dois filmes foram “apenas” das comédias mais rentáveis de sempre de Hollywood, conseguindo, no total, mil milhões de dólares de receitas.
A Ressaca – Parte III nem sequer faz jus ao título, uma vez que não há bebedeiras, nem casamentos, nem despedidas de solteiros que descambam. Basicamente, é um filme para fechar a trilogia, sem grande ligação à estrutura da acção que regeu os dois primeiros trabalhos de Todd Phillips. Neste, Zach Galifianakis e Ken Jeong ganham um protagonismo maior, o que implica que os bons actores fiquem mais na sombra e sem tanta margem de manobra. Depois de ver A Ressaca – Parte III, cheguei a casa e fui ver A Ressaca. Tinha ido ao cinema para ver um bom filme, pensava eu, e não me iria deitar sem concretizar esse objectivo…

Comentar

Comentários