Quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto, depois de o Benfica golear o Vitória de Guimarães por 4-0. Jorge Jesus faz a análise do jogo na flash-interview, a seguir ao apito final, e lá pelo meio sai-se com a expressão “ambos os três”. Jorge Jesus é assim. Entusiasma-se a falar e de vez em quando lá vem uma pérola como esta. Mas Jorge Jesus é muito mais do que pontapés na língua portuguesa. O treinador do Benfica até pode andar a ser falso modesto, quando fala da vantagem importante que conseguiu sobre o FC Porto de Vítor Pereira, mas ninguém pode tirar mérito à época que o Benfica está a realizar até ao momento. E o mérito é dele. Mesmo que o Benfica não seja campeão, penso que o treinador deve manter-se na Luz. Não será fácil substituir alguém que mesmo perdendo, ao longo das épocas, jogadores como Fábio Coentrão, David Luíz, Ramires, Javi Garcia e Witsel, conseguiu sempre construir equipas fortes e praticar bom futebol. Como treinador, Jesus é muito bom. Só lhe falta, e provavelmente nunca vai conseguir, ter mais cuidado com o que diz, ser mais humilde e não achar que está sempre certo. Mas enquanto as vitórias forem acontecendo, os benfiquistas dão-lhe um desconto. Pelo menos aqueles que não têm memória curta e lembram-se de como estava a equipa antes da chegada de JJ ao clube.
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