Mourinho enfrenta o maior desafio da carreira

A ida do treinador português para o Chelsea foi provavelmente o segredo mais mal guardado dos últimos anos no futebol. Há muito tempo que se dava como certo o regresso de José Mourinho ao banco dos londrinos e agora tornou-se oficial. A apresentação do treinador está agendada para o próximo dia 10, em Stamford Bridge, e já se sabe que o português assinou por quatro anos. No mundo do futebol é normal se dizer “não voltes ao lugar onde já foste feliz” e o passado está recheado de exemplos que dão razão a esta máxima. Mas se há alguém com capacidade para destruir esse mito, é José Mourinho, se bem que não vai ser fácil. Na sua primeira passagem pelo Chelsea, o clube ainda não era ganhador. Foi com ele no banco de suplentes que o jejum de 50 anos sem ser campeão inglês chegou ao fim. Na Liga dos Campeões, Mourinho teve algum azar (assim como no futuro iria ter sorte no Inter, por exemplo) e nunca conseguiu o tão ambicionado título de campeão europeu e a meio da terceira época foi despedido. Depois teve anos de sucesso no Inter, até que foi parar ao Real Madrid. Aqui, toda a gente sabe o que aconteceu e ele sai do clube depois da pior época de sempre enquanto treinador. Mourinho não pode falhar duas vezes seguidas, porque isso é algo que colocará em causa o seu estatuto de melhor treinador do mundo (ele pensa que é e eu também acho isso). Também não me parece que o português vá mudar a sua forma de estar no futebol e isso, como se viu em Madrid, pode trazer-lhe alguns problemas, caso os resultados não sejam os melhores. Resta a Mourinho fazer no Chelsea aquilo a que já nos habitou: conquistar os jogadores e adeptos e ganhar títulos. Assim se provará que o Real Madrid foi apenas um pequeno acidente de percurso.

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