Quem é gago, sabe que é com facilidade. Basta ouvir-se a falar, sendo que as outras pessoas também o irão lembrar disso com bastante regularidade, ou não gostasse o ser humano de gozar com os outros. E digo isto com conhecimento de causa. Não que seja gago, mas sei que às vezes “patino”. Com os anos foi arranjando formas de dar a volta à questão. Se sinto que me vou atrapalhar com alguma palavra, o meu cérebro rapidamente arranja um sinónimo, o qual utilizo na frase que ia dizer. Aprimorei tão bem a técnica de camuflar a minha ligeira gaguez, que muita gente que me conhece nunca reparou e até fica admirada quando em conversa digo que de vez em quando gaguejo.
Isto tudo foi para chegar às pessoas que têm um riso irritante. A minha teoria é que não há ninguém que saiba que o tem, porque se soubesse, não se iria rir com a mesma frequência. Até hoje, nunca conheci ninguém que tivesse falado abertamente sobre o facto de ter um riso irritante, mas sempre que estou com alguém assim, tento não fazer piadas, porque com estas pessoas rir é o melhor remédio, mas só se formos surdos.
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