Para muitos ingleses, ela é a mulher perfeita. Famosa não só no seu país, a modelo Kelly Brook já passou por várias capas de revistas masculinas, é presença assídua em campanhas de lingerie e no Verão costuma vir apanhar Sol para o Algarve. Já teve vários namorados famosos e o último foi o jogador de râguebi Danny Cipriani. Separaram-se em Abril e durante estes meses não se soube a razão que levou cada um a ter seguido caminhos diferentes… até agora. Segundo a imprensa inglesa, Danny Cipriani traiu Kelly Brook em várias ocasiões e com mulheres diferentes. E, como acontece tantas vezes, as mulheres com quem se envolveu não são melhores que a modelo. São apenas outras mulheres. E este é o maior problema das relações. A infidelidade, apenas porque sim. Não andamos à procura de homens e mulheres melhores do que aqueles e aquelas que temos em casa. Nada disso. Queremos só pessoas novas, diferentes do que estamos habituados diariamente.
Antigamente, se uma mulher estava comprometida, um homem raramente perdia tempo com ela. Partia para outra, para uma solteira, claro. E o contrário também acontecia, com elas a afastarem-se de homens comprometidos, para não levarem com o rótulo de amante. Agora não. Não se respeita as relações de ninguém, mas as primeiras pessoas a desrespeitarem-nas são as que estão dentro delas. Homens e mulheres comprometidos que não conseguem ser fiéis deveriam ter coragem para acabar com o que têm. Mas não. Tem-se coragem para trair, para ter esquemas manhosos, para contar mentiras, para viver com receio de se ser apanhado, mas não se tem coragem para ter uma conversa séria com a pessoa com quem dividimos a mesma cama e dizer-lhe olhos nos olhos que está tudo acabado. Para isso é preciso ter tomates. Todos temos amigos e amigas que já foram vítimas de infidelidade ou então foram eles e elas os infiéis. E não me venham dizer que não, que sou só eu que conheço pessoas assim.
Fazemos parte de uma geração de cornudos e colocar as mãos no fogo por alguém, quando se está numa relação, tem tanto de ingénuo como de perigoso. A única coisa que podemos fazer é amar a outra pessoa, respeitá-la e esperar que isso seja suficiente para que tudo corra bem. E o mais deprimente disto tudo é que por vezes o casal até se ama verdadeiramente e, mesmo assim, surge em cena uma terceira pessoa. E para isto, meus amigos, não consigo ter nenhuma explicação nem teoria. A não ser que o amor é mais fraco do que a vontade de acrescentar ao currículo sexual mais uma conquista rápida, crua e sem sentimento, como se isso fosse algo de grande importância nesta vida. Como se alguém ganhasse um prémio por ter o maior número de parceiros sexuais possível. O maior prémio que se pode levar desta vida é ter conseguido amar e ser amado genuinamente. O resto, bem, são apenas meras histórias que se contam aos amigos.
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